Perigo em Minas: 42 Mil Pessoas Vivem Abaixo de Barragens em Risco

A realidade de milhares de moradores em Minas Gerais é marcada pelo medo constante. Dados recentes mostram que 42 mil pessoas vivem abaixo de barragens de mineração que não possuem laudos atestando sua segurança. São 17 barragens sem estabilidade garantida e outras 6 sem qualquer documentação enviada à Agência Nacional de Mineração (ANM).

Barragens críticas colocam vidas e o meio ambiente em perigo

Entre as barragens mais preocupantes estão as estruturas da mineradora Emicon, localizadas em Brumadinho. Essas barragens, incluindo a Quéias e a B1A, estão em nível 1 de emergência, o que significa necessidade de intervenções urgentes. Mesmo com o nível de alerta, a mineradora não enviou os laudos exigidos para garantir a segurança das estruturas.

Essas barragens, que acumulam 118 mil metros cúbicos de rejeitos, representam não apenas um risco direto para quem vive abaixo delas, mas também para o sistema de abastecimento de água da Grande Belo Horizonte, já que uma contaminação poderia atingir o reservatório Rio Manso, utilizado por 1,5 milhão de pessoas.

Risco maior que Mariana e Brumadinho: A história se repete?

As barragens sem garantia de estabilidade em Minas Gerais acumulam um volume de rejeitos 10 vezes maior do que o liberado no rompimento da barragem de Mariana em 2015. Muitas dessas estruturas foram construídas pelo método de alteamento a montante, o mesmo utilizado nas tragédias de Mariana e Brumadinho, e que já foi proibido no Brasil.

📊 Dados alarmantes

  • 23 barragens em risco: 14 estão sendo desmanchadas, mas problemas estruturais continuam.
  • Risco ambiental: Em caso de rompimento, o impacto ambiental seria “muito significativo” em 10 estruturas.
  • Risco social: As áreas ameaçadas incluem residências, estradas, e infraestrutura essencial.

Ação urgente é necessária
Diante desse cenário, as comunidades exigem respostas e ações concretas. Não podemos permitir que a história de tragédias se repita. É urgente que as autoridades fiscalizem essas barragens, garantam segurança às comunidades e pressionem as mineradoras a cumprir suas responsabilidades.

Fonte: Estado de Minas