Novo rompimento de diques em Brumadinho afeta área de preservação ambiental

Mais uma vez, a mineração em Brumadinho gera impactos preocupantes. O rompimento de diques das mineradoras Tejucana e Ferraria resultou na contaminação de uma área de preservação ambiental e atingiu afluentes do rio Paraopeba, gerando mais danos ao meio ambiente da região.

As empresas foram multadas em mais de R$ 1 milhão, mas ainda podem recorrer da decisão. Além disso, a Mineração Morro do Ipê também teve suas atividades suspensas após o transbordamento de sedimentos na mina Tico-Tico, que impactou outro córrego ligado ao Paraopeba.

Segundo a Defesa Civil, não há risco para a população, mas os rejeitos soterraram áreas de vegetação nativa e afetam o ecossistema local. A comunidade do Tejuco — que já sofreu com o rompimento da barragem da Vale em 2019 — foi a responsável pela denúncia que levou à fiscalização e suspensão das atividades.

A Prefeitura de Brumadinho afirmou estar intensificando a fiscalização das mineradoras para proteger o meio ambiente e a população. Já a Morro do Ipê alega que os sedimentos são naturais e que está adotando medidas corretivas para retomar as operações.

O que mais precisa acontecer para que esses crimes ambientais sejam levados a sério? O impacto da mineração na região continua sendo uma ferida aberta para os atingidos e para o meio ambiente.

Fonte: Brasil de Fato