A tragédia não acabou: estudo revela exposição contínua a metais tóxicos em Brumadinho!

Seis anos após o rompimento da barragem da Vale, um estudo da Fiocruz Minas e da UFRJ revelou um aumento alarmante na exposição a metais pesados na população de Brumadinho, especialmente em crianças de até 6 anos. O percentual de detecção de arsênio acima do limite recomendado subiu de 42% em 2021 para 57% em 2023, um dado preocupante para a saúde pública.

Os testes mostraram a presença de cádmio, chumbo, mercúrio e manganês em 100% das amostras analisadas. Os pesquisadores alertam que, apesar de os resultados indicarem exposição e não intoxicação, os impactos a longo prazo ainda são incertos, exigindo monitoramento contínuo.

Além da contaminação, os problemas de saúde crescem na cidade. Doenças respiratórias, como asma e bronquite, aumentaram entre os adolescentes. Entre os adultos, os casos de hipertensão, colesterol alto e problemas crônicos de coluna também subiram. Transtornos mentais seguem em alta: 22% dos adultos relataram diagnóstico de depressão, número bem acima da média nacional.

Mesmo após tantos anos, Brumadinho continua sofrendo com as consequências desse crime ambiental. Os pesquisadores destacam que é urgente fortalecer a rede de saúde para garantir acompanhamento adequado à população exposta.

A luta por justiça continua! A Associação dos Atingidos pelo Rompimento da Barragem de Brumadinho (ABB) segue denunciando a negligência das mineradoras e cobrando respostas efetivas das autoridades. Reforçamos a necessidade de políticas públicas que garantam atendimento médico contínuo e reposição integral dos danos causados ​​às comunidades atingidas. A ABB tem atuado para exigir que os responsáveis ​​arquem com suas responsabilidades e que a população receba suporte adequado para lidar com os impactos ambientais e de saúde decorrentes da tragédia.

A contaminação persiste, e as vítimas seguem sem justiça plena. Até quando Brumadinho pagará essa conta?

Fonte: Agência Brasil